Como renegociar o Fies - Pensamento Avante

Como renegociar o Fies

Conquistar a formação superior é o sonho de muitos brasileiros. Por isso, muitos optam pelo sistema Fies como método de financiamento do curso universitário. Porém, a demora em conseguir um emprego logo após a formatura muitas vezes dificulta o planejamento financeiro. E é quando isso acontece que vem o endividamento, sendo necessário renegociar dívidas como o Fies. Se este é o seu caso, veja agora nesse artigo como renegociar o Fies.

Além disso, fique também por dentro de detalhes importantes sobre este programa social de financiamento estudantil. Confira!

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O que é o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)?

O Fies é um programa criado pela Lei 10.260, que visa financiar a graduação de alunos não contemplados pelo PROUNI. Este programa também visa facilitar o ingresso de estudantes em  faculdades privadas.

Por meio do FIES, o governo financia os estudos durante a graduação. Depois que o aluno se forma, ele começa a pagar as mensalidades, acrescido de taxas de juros reduzidos. O período de carência para início do pagamento é de 18 meses.

Mesmo com o amplo período de carência e juros reduzidos, muitas pessoas encontram dificuldade financeira e necessitam renegociar o Fies.

Como renegociar o FIES

Quando o contrato foi firmado até 14 de janeiro de 2010, a amortização é prolongada até 3 vezes o período utilizado, mais 1 ano. Essa é a afirmação do MEC.

Dessa forma, para renegociar o Fes é necessário, além do contrato estar de acordo com a data citada acima, cumprir os seguintes requisitos:

  • Fazer a solicitação de renegociação através do Sistema Informatizado do FIES;
  • Somando os prazos da fase 1 e 2, não pode ser superior ou igual a 3 vezes o prazo, das condições do financiamento, mais 1 anos;
  • A prestação precisa ser maior que R$ 100,00;
  • Quando fizer o pedido, precisa ser época de alongamento, nas fases de amortização 1 e 2.

Todavia, há uma nova regulamentação para renegociar o Fies, aplicada pela Medida Provisória 785/2017 e portaria nº 758/2019. Esta MP estabelece novas regras para negociação, onde o estudante fica livre para optar pela condição de pagamento que achar melhor no mercado.

Nos dois casos, para renegociar o Fies vai gerar um termo aditivo de contrato, onde o estudante vai precisar assinar e também o fiador inicial, tudo isso na agência da Caixa Econômica Federal.

Passos para renegociar o fies

Conheça agora os passos que você deve ter a fim de renegociar o fies:

  1. Faça login com sua senha no site do SisFies, nesta etapa em que fica especificada todas as informações sobre o seu financiamento, inclusive quantidade de parcelas que precisam ser pagas e o valor pendente;
  2. Realize uma simulação em relação a renegociação, após você vai poder solicitar a quantidade de parcelas para o novo acordo;
  3. Depois que efetuar os passos acima, você só vai necessitar imprimir a Inexistência de Ação Judicial ou Declaração de Desistência, mais os Documento de Regularidade para Alongamento de Amortização;
  4. Ainda é necessário juntar todos os documentos pessoais: CPF, RG, Comprovante de residência seu e de seu fiador, comprovante de renda do seu fiador;
  5. Levar todos os documentos até a agência em que o contrato foi feito.

Dívida do Fies: como funciona?

Primeiramente é importante entender que o FIES não é como um financiamento iguais aos convencionais que o banco oferece. Por ter vínculo com um órgão federal, quando não é feito o pagamento de forma correta, passa a gerar débitos com o Setor Público Federal.

Isso implica em consequências ainda mais graves que uma dívida normal. Ou seja, caso não quite seu débito, pode ocorrer:

  • Confisco de bens assim como bloqueio de valores em bancos;
  • Inscrição no CADIN, que deixa uma restrição e você não consegue abrir contas em instituições financeiras;
  • Negativação do nome do titular do financiamento, impossibilitando de fazer qualquer compra parcelada ou compras financiadas, como carro e casa;

Desse modo, para evitar estes e outros problemas, é importante renegociar o Fies e não deixar a dívida em aberto.